
Ciencia y Educación
(L-ISSN: 2790-8402 E-ISSN: 2707-3378)
Vol. 6 No. 12.1
Edición Especial V 2025
Página 271
operadores jurídicos y de la existencia de
marcos regulatorios robustos. El estudio
concluye que la integración responsable de la
inteligencia artificial exige supervisión humana
significativa, auditorías permanentes y
políticas institucionales orientadas a garantizar
decisiones justas, trazables y respetuosas de los
principios fundamentales del sistema judicial.
Palabras clave: Inteligencia artificial,
Justicia digital, Sesgo algorítmico,
Transparencia judicial, Debido proceso,
Gobernanza tecnológica.
Abstract
This study comprehensively analyzes the use of
artificial intelligence in the administration of
justice, examining its impact on institutional
efficiency, the protection of fundamental
rights, and the shaping of new dynamics in
technological governance. Using a qualitative
approach based on a systematic document
review, the study identified patterns, trends,
and risks present in different judicial systems
that have incorporated automated tools into
their processes. The results demonstrate that
artificial intelligence can substantially reduce
processing times, optimize case classification,
and improve jurisprudential consistency
through the automated analysis of information.
However, the study also found that the most
significant risks are related to algorithmic bias,
the opacity of the models, and the potential for
improper delegation of jurisdictional decisions,
which can affect equality, transparency, and
due process. The analysis also reveals that the
protection of personal data constitutes a critical
challenge due to the sensitivity of the
information contained in court records. The
study identified that the benefits of artificial
intelligence depend on both technological
design and the training of legal professionals,
as well as the existence of robust regulatory
frameworks. It concludes that the responsible
integration of artificial intelligence requires
significant human oversight, ongoing audits,
and institutional policies aimed at ensuring fair,
traceable decisions that respect the
fundamental principles of the judicial system.
Keywords: Artificial intelligence, Digital
justice, Algorithmic bias, Judicial
transparency, Due process, Technology
governance.
Sumário
Este estudo analisa de forma abrangente o uso
da inteligência artificial na administração da
justiça, examinando seu impacto na eficiência
institucional, na proteção dos direitos
fundamentais e na formação de novas
dinâmicas na governança tecnológica.
Utilizando uma abordagem qualitativa baseada
em uma revisão sistemática de documentos, o
estudo identificou padrões, tendências e riscos
presentes em diferentes sistemas judiciais que
incorporaram ferramentas automatizadas em
seus processos. Os resultados demonstram que
a inteligência artificial pode reduzir
substancialmente os tempos de processamento,
otimizar a classificação de casos e aprimorar a
consistência jurisprudencial por meio da
análise automatizada de informações. Contudo,
o estudo também constatou que os riscos mais
significativos estão relacionados ao viés
algorítmico, à opacidade dos modelos e ao
potencial de delegação inadequada de decisões
jurisdicionais, o que pode afetar a igualdade, a
transparência e o devido processo legal. A
análise revela ainda que a proteção de dados
pessoais constitui um desafio crítico devido à
sensibilidade das informações contidas nos
autos judiciais. O estudo identificou que os
benefícios da inteligência artificial dependem
tanto do design tecnológico quanto da
formação dos profissionais do direito, bem
como da existência de marcos regulatórios
robustos. Conclui-se que a integração
responsável da inteligência artificial requer
supervisão humana significativa, auditorias
contínuas e políticas institucionais destinadas a
garantir decisões justas e rastreáveis que
respeitem os princípios fundamentais do
sistema judicial.
Palavras-chave: Inteligência artificial,
Justiça digital, Viés algorítmico,
Transparência judicial, Devido processo
legal, Governança da tecnologia.